Beatriz Azevedo é poeta e compositora, multiartista brasileira.
Doutora em Artes da Cena pela UNICAMP e Mestre em Literatura Comparada pela USP. Pesquisadora de Pós-Doutorado Unicamp / Fapesp. Estudou música no Mannes College of Music em Nova York. e dramaturgia na Sala Beckett em Barcelona. Recebeu a Bolsa Virtuose para Artistas, do Ministério da Cultura.
Suas composições musicais foram cantadas por Adriana Calcanhotto, Matheus Nachtergaele, Moreno Veloso, Tom Zé, Zelia Duncan e Zé Celso Martinez Correa, entre outros. Criou parcerias com Augusto de Campos, Cristovão Bastos, Hilda Hilst, Moreno Veloso, Oswald de Andrade, Raul Bopp, Vinicius Cantuária e Zélia Duncan.
A convite da Princeton University, criou o espetáculo Now Clarice / Agora Clarice, para celebrar os 100 anos da escritora brasileira Clarice Lispector. Filmado ao vivo, a apresentação reúne Beatriz Azevedo & Moreno Veloso, Jaques Morelenbaum ao violoncelo e Marcelo Costa na percussão. E conta com a participação especialíssima de Maria Bethânia interpretando textos de Clarice Lispector.
A convite do Lincoln Center de Nova York, criou o espetáculo antroPOPhagia, apresentado no Walter Reade Theater. O show gravado ao vivo tornou-se depois o disco antroPOPhagia ao vivo em Nova York, lançado pela Biscoito Fino no Brasil, e pela gravadora Discmedi na Europa, em 2015.
Beatriz Azevedo apresentou-se no Lincoln Center e no Museum of Modern Art (MoMA), em Nova York, além de participar de diversos festivais internacionais: Womex (Espanha), Nublu Jazz Festival (Nova York), Celebrate Brazil at Lincoln Center (Nova York), CMJ Music Marathon & Film Festival (Nova York), Femmes du Monde (Paris), Mirada Festival Ibero-Americano (Brasil), Popkomm Festival (Berlim), Dunya Festival (Rotterdam), Copa da Cultura (Berlim), Art Anthropophagie Aujourd’hui (Paris), Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP), Verizon Music Festival (Nova York), entre outros.
A gravadora Biscoito Fino lançou seu novo disco A.G.O.R.A., com participações de Matheus Nachtergaele, Moreno Veloso e Zélia Duncan. O álbum conta com grandes músicos brasileiros como Bem Gil, Cristóvão Bastos, Cyro Baptista, Jaques Morelenbaum, Jorge Helder, Moreno Veloso, e outros.
Antes, havia lançado antroPOPhagia ao vivo em Nova York, gravado no Lincoln Center, Alegria, ambos lançados pela Biscoito Fino no Brasil, pela DG/121 na França e pela Discmedi na Espanha, com participação de Tom Zé; Mapa-Mundi, produzido por Alê Siqueira, inédito no Brasil; e Bum bum do poeta, com participação de Adriana Calcanhotto e Zé Celso, entre outros, lançado pela Natasha Records no Brasil e pela Nippon Crown no Japão.
A música de Beatriz Azevedo está incluída na coletânea ‘Brazil-The Essential album’, ao lado de Tom Jobim, Elis Regina, João Gilberto e Chico Buarque. O álbum duplo foi lançado na Inglaterra pela Union Square Music. Outras duas canções de sua autoria estão no cd ‘Bossa Nova Nights’ da mesma gravadora. A gravadora Biscoito Fino lançou também a coletânea “De Sampa”, incluindo uma faixa de Beatriz Azevedo ao lado de outros artistas paulistas como Arnaldo Antunes, Adoniram Barbosa, Luiz Tatit, Mônica Salmaso, Rita Lee, e o bahiano “paulistano” Tom Zé.
Em 2019 estreou seu novo espetáculo Cabaré Transpoético, com direção de Aderbal Freire Filho, no teatro do Sesc Pompeia em São Paulo, atuando ao lado da atriz Lucélia Santos e do músico Jorge Helder. Como atriz, dirigida por Zé Celso, atuou em Ham-Let e Bacantes, espetáculos do Teatro Oficina. Atuou ao lado de Giulia Gam e Rosi Campos em leitura dramática de Matamoros, de Hilda Hilst (Teatro do Sesc Copacabana Rio de Janeiro). Matamoros, com dramaturgia e direção de Beatriz Azevedo, estreou depois no CCBB em São Paulo, com Beatriz, Luiz Paetow, Maria Alice Vergueiro e Sabrina Greve no elenco.
Atuou em Ópera Urbana Zucco, traduzindo e encenando a obra do dramaturgo francês Bernard Marie Koltès, publicada pela primeira vez no Brasil. Também traduziu Le Funambule, texto do escritor Jean Genet, atuando em leituras dramáticas ao lado Zé Celso Martinez Corrêa. Fundou sua própria cia teatral, Cabaret Babel, escrevendo e dirigindo diversos espetáculos, entre eles Bilitis e I Love: Maiakovski e Lili Brik.
Em 2019, faz a abertura do encontro Brasil Cena Aberta, falando sobre antropofagia na Praça das Artes em São Paulo. Assinou a curadoria do projeto Encontros Antropófagos no Centro de Pesquisa e Formação do SESC SP, do Encontro Internacional de Antropofagia no Sesc Pompeia, do ciclo Palavra Viva Oswald de Andrade e Palavra Viva Hilda Hilst no Sesc Pinheiros, em São Paulo, do ciclo Poesia e Música da CPFL em Campinas, entre outros.
A editora Cosac Naify publicou seu livro Antropofagia Palimpsesto Selvagem, com prefácio de Eduardo Viveiros de Castro e desenhos do artista Tunga. É autora dos livros de poesia Abracadabra, lançado pelo selo Demônio Negro, Idade da Pedra (Iluminuras) e Peripatético (Iluminuras), além de diversos textos teatrais.
Participa do livro Acabou Chorare, com textos de Arnaldo Antunes, Beatriz Azevedo, Caetano Veloso, Hermano Vianna e Xico Sá. Traduziu os autores franceses Jean Genet e Bernard-Marie Koltés, publicado pela primeira vez no Brasil no livro Teatro de Bernard-Marie Koltes (Hucitec).
Integra a antologia Ato Poético – poetas contra o fascismo (editora Oficina Raquel, 2020), a Dusie 21 the contemporary brazilian poetry edition (Dusie Press, San Francisco USA), o LP de poesia contemporânea Garganta, o Lula Livro (Perseu Abramo), entre outros. Escreveu ensaio para o volume A Cidade com Lacan: Cinema e Literatura (EBP).
Ministrou Aula Magna na Puc Rio em 2017. Ministrou conferência sobre antropofagia na Tulane University em New Orleans, nos Estados Unidos. Participou do projeto Art Anthropophagie Aujourd’hui, no Musée des Lettres et Manuscrits, em Paris.
Em 2016 assinou curadoria e direção artística do Museu de Congonhas (MG), museu inaugurado pelo IPHAN no Brasil. Recebeu o Prêmio de Midia Livre pela criação do website www.antropofagia.com.br. Em 2017 assinou curadoria dos projetos Antropofagias e Roteiro das Minas, em Mariana e Ouro Preto, na Casa da Ópera, o teatro mais antigo das Américas.
Realizou com José Miguel Wisnik show especial para celebrar o centenário de Pagu e os 120 anos de Oswald de Andrade, apresentando composições de sua autoria e de Wisnik, ambos no palco.
Beatriz interpretou a obra da escritora Hilda Hilst em programa especial realizado pela tv Cultura. Recebeu prêmios de teatro, poesia e dramaturgia, entre eles o Prêmio Pesquisa de Linguagem Cênica da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo. A tv Cultura filmou seu show Bum Bum do Poeta e exibiu na televisão o programa especial com participações de José Miguel Wisnik e Zé Celso. Beatriz Azevedo assina a direção e roteiro de filme documentário em processo de filmagem.